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segunda-feira, 30 de junho de 2008

sábado, 28 de junho de 2008

Ariovaldo Ramos no JV - VIII Encontro para Pastores e Lideres de Jovem e Adolescentes




Fonte:http://video.google.com/videoplay?docid=-8352489410210359979&q=ariovaldo+ramos+jv&ei=r7NmSKreDYqUrgKtobli

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Eu também não te condeno


Eu também não te condeno
Ed René Kivitz


Pode procurar que você não vai achar. Não importa aonde vá, estou absolutamente convencido de que há duas coisas que você nunca vai achar. Você pode correr o mundo e o tempo, e tenho certeza que jamais conseguirá achar alguém que não se envergonhe de algo em seu passado. Para qualquer lugar que você vá, lá estarão elas, as pessoas que gostariam de apagar um momento, uma fase, um ato, uma palavra, um mínimo pensamento. Todo mundo tenta disfarçar, e certamente há aqueles que conseguem viver longos períodos sem o tormento da lembrança. Mas mesmo estes, quando menos esperam são assombrados pela memória de um ato de covardia, um gesto de pura maldade, um desejo mórbido, um abuso calculado, enfim, algo que jamais deveriam ter feito, e que na verdade, gostariam de banir de suas histórias ou, pelo menos, de suas recordações.

Isso é uma péssima notícia para a humanidade, mas uma ótima notícia para você: você não está sozinho, você não está sozinha. Inclusive as pessoas que olham em sua direção com aquela empáfia moral e sugerem cinicamente que você é um ser humano de segunda ou terceira categoria, carregam uma página borrada em sua biografia, grampeada pela sua arrogância e selada pelo medo do escândalo, da rejeição e da condenação no tribunal onde a justiça jamais é vencida. Você não está sozinho. Você não está sozinha. Não importa o que tenha feito ou deixado de fazer, e do que se arrependa no seu passado, saiba que isso faz de você uma pessoa igual a todas as outras: a condição humana implica a necessidade da vergonha.

A segunda coisa que você nunca vai encontrar é um pecado original. Não tenha dúvidas, o mal que você fez ou deixou de fazer está presente em milhares e milhares de sagas pessoais. Não existe algo que você tenha feito ou deixado de fazer que faça de você uma pessoa singular no banco dos réus – ao seu lado estão incontáveis réus respondendo pelo mesmíssimo crime. Talvez você diga, “é verdade, todos têm do que se envergonhar, mas o que eu fiz não se compara ao que qualquer outra pessoa possa ter feito”. Engano seu. O que você fez ou deixou de fazer não apenas se compara, como também é replicado com absoluta exatidão na experiência de milhares e milhares de outras pessoas. Isso significa que você jamais está sozinho, jamais está sozinha, na fila da confissão.

Talvez por estas razões, a Bíblia Sagrada diz que devemos confessar nossas culpas uns aos outros: os humanos não nos irmanamos nas virtudes, mas na vergonha. Este é o caminho de saída do labirinto da culpa e da condenação: quando todos sussurrarmos uns aos outros “eu não te condeno”, ouviremos a sentença do Justo Juiz: “ninguém te condenou? Eu também não te condeno”.

É isso, ou o jogo bruto de sermos julgados com a medida com que julgamos. A justiça do único justo reveste os que têm do que se envergonhar quando os que têm do que se envergonhar desistem de ser justos.


terça-feira, 24 de junho de 2008

Do deserto ao oásis


Do deserto ao oásis


Às vezes me canso. Dias há nos quais nem consigo olhar para um jornal. E olha que sou viciado em notícias. Mas chega um ponto em que tenho algo como uma indigestão mental, por conta de tantas notícias ruins. Fico angustiado, inquieto. Guerra, fome, ameaça da volta da inflação, corrupção, pedofilia, isso só para citar algumas das péssimas notícias com as quais estamos lidando ultimamente.

Aliado a isso ainda tem aquelas notícias que não se recebe pela imprensa, mas que também devasta a alma: um casal amigo que se separa, um jovem amigo que morre estupidamente, uma pessoa próxima que vai embora, um outro que perde o emprego, e coisas do tipo.

A vida, em alguns momentos, parece ficar meio sem sentido. Alguém já disse que nascemos, sofremos e morremos. Viver é correr riscos o tempo todo e isso pode ser assustador. A dor é quase uma constante. Se não a sua própria, é a dor do outro que aflige quem tem o mínimo de sensibilidade.

O mundo parece oprimir e sobrecarregar as pessoas com seus sistemas iníquos, com a imposição da lei do mais forte, do mais belo, do mais rico, do mais inteligente, do mais religioso, do mais articulado, do mais esperto. Até a oração, quem diria, dizem que tem que ser uma oração “forte”. Ai de mim, então, que só tenho orações fracas, que clamam por misericórdia. A oração, em si, já é uma demonstração de fraqueza, e é por isso que ela nos fortalece.

Quando estou me sentindo arqueado, como um peregrino num deserto inóspito, com a boca seca e contemplando um mundo feio e sem cor é que escuto com mais nitidez as palavras ditas há dois milênios e que ecoam ainda hoje: “Venham a mim, vocês que estão cansados e sobrecarregados eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo, porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Aqui fica bem claro que a mensagem de Jesus é de leveza e descanso, em meio a um mundo opressor. Num mundo cheio de desgraça ele acena com um algo novo, uma boa notícia, a graça!

Graça é isso: leveza, descanso, alívio. A mensagem do Reino de Deus é cheia de graça. Quando compreendo isso consigo enxergar que o fato de no mundo haver tanta feiúra, isso não quer dizer que não haja também beleza. O fato de existirem seres humanos capazes das piores atrocidades, não anula o fato de existirem outros tantos capazes dos gestos mais grandiosos e belos. Apesar das tantas notícias ruins, existe uma notícia boa: o Reino de Deus já chegou e está próximo de nós e sua mensagem é cheia de graça e de verdade.

Num deserto de opressão, medo, desgraças e dores, é possível vislumbrar um oásis de justiça, paz e alegria, onde há leveza e descanso. E não se trata de uma miragem, mas da possibilidade real de ter um relacionamento com Deus, que nos faz mais humanos e cheios de esperança de que dias melhores virão. No meio do deserto, um convite para descansar num oásis. Para mim é assim que soam aquelas palavras de Jesus.

Márcio Rosa da Silva

sexta-feira, 20 de junho de 2008

A VONTADE PERFEITA DE DEUS


A VONTADE PERFEITA DE DEUS

Se nossa vida estiver de acordo com os conselhos gerais de Deus para seu povo apresentados na Palavra escrita, então estaremos dentro da vontade geral e moral de Deus. Se, além disso, recebermos uma palavra específica de Deus relacionada a um assunto particular e a obedecermos, estão estaremos totalmente dentro da vontade específica de Deus para nós quanto ao assunto em questão.

Mas, suponhamos que a palavra específica não nos venha em alguma questão de grande importância em nossa vida. (Por exemplo: devo estudar nesta ou naquela faculdade? É melhor morar aqui ou lá? Seria bom trocar de emprego?) Será que isso significa que quanto a essa questão não conseguiremos estar na vontade perfeita de Deus ou que só o conseguiremos por sorte, após adivinharmos, com ansiedade, o que Ele quer que façamos?

É certo que não! É necessário resistirmos com firmeza à tendência de jogar a culpa pela ausência de uma palavra de Deus ao pensamento de que isso significa que nos afastamos do caminho e estamos fora da vontade perfeita de Deus. Se vivemos em devoção sincera ao cumprimento dos propósitos de Deus em nós, podemos ter certeza de que Ele, que veio até nós em Jesus, não vai resmungar, implicar conosco nem nos enganar quanto a nenhuma atitude específica que deseja que adotemos. Por mais que eu enfatize esse ponto, nunca será demais, já que a tendência a pensar da forma contrária é, obviamente, muito forte e está sempre presente.

Pense da seguinte maneira: nenhuma pai bem-intencionado ocultará suas intenções de seus filhos. Um princípio geral para interpretar o comportamento de Deus em relação a nós aparece nas palavras de Jesus: "Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai que está nos céus dará o Espírito Santo a quem o pedir!" (Lc 11.13)

Quanto mais do que nós nosso Pai celestial dará instruções claras aos que pedem com sinceridade, sempre que Ele tiver orientações a dar? Quando Ele nada disser, estejamos certos de que isso é o melhor para nós. Então, qualquer coisa que esteja dentro da vontade moral e que for feita em fé é sua vontade perfeita. Não é menos perfeita por não haver sido ordenada por Ele de forma específica. Aliás, talvez seja mais perfeita exatamento por Ele não ter visto necessidade de dar ordens específicas. Ele conta com nossa escolha, confia em nosso bom senso e avança concosco pelo caminho que tomamos.

Diferentes cursos de ação podem, então, estar dentro da vontade perfeita de Deus em uma determinada circunstância. Deveríamos presumir que isso é verdade em todas as situações em que caminhamos de acordo com a sua vontade geral, ouvimos sua voz e, ao buscar, não encontramos nenhuma orientação específica. Em casos assim, é comum haver várias opções que agradariam a Deus, embora Ele não nos direcione para nenhuma delas em especial. Todas estão perfeitamente dentro de sua vontade, porque não há nenhuma melhor do que as outras para Ele, e todas são boas. Ele não mandaria você escolher outra que não a que você está seguindo. (Claro que estar dentro da vontade perfeita de Deus não significa que você não erra mais! É possível estar na vontade de Deus sem tornar-se um ser humano perfeito).

Em seu livro Decision Making and the Will of God (Tomada de decisões e a vontade de Deus), Garry Friesen critica com maestria a visão de que Deus tem um plano especial para ser seguido em cada situação, que a decisão correta depende de descobrir qual é esse plano e que, se não conseguirmos, estaremos apenas na vontade permissiva de Deus, na melhor das hipóteses, e seremos cidadãos de segunda classe no reino de Deus. Contra essa visão danosa, Friesen afirma:


O ponto principal é: Deus não possui um planejamento de vida detalhado, criado sob medida para cada crente e que precisa ser descoberto para tornar-se decisões acertadas. O conceito de uma "vontade individual de Deus" [nesse sentido] não pode ser abalizado pelo raciocínio, experiência, exemplos nem ensinamentos bíblicos.


Assim, a vontade perfeita de Deus pode oferecer, para uma pessoa em particular, várias alternativas diferentes. Por exemplo, para a maioria, várias opções ao escolher-se cônjuge (ou ausência dele), vocação, instituição de ensino ou local de moradia podem estar, de igual forma, na vontade perfeita de Deus, não sendo nenhuma delas, por ela mesma, melhor ou preferida por Deus em relação ao resultado final que Ele deseja alcançar.

Quem busca com sinceridade deveria assumir que isso acontece e avançar com fé em Deus se não receber nenhuma palavra específica sobre o assunto que o preocupa após um período de tempo razoável. Tudo isso é coerente com a existência, algumas vezes, de apenas uma opção que se insira perfeitamente na vontade de Deus para nós. Precisamos pensar em nossas escolhas uma de cada vez, exatamente como vivemos um dia após o outro, confiando em Deus.

Assim como o caráter só é revelado quando nos permitem, ou exigem, que façamos o que queremos, também a intensidade e a maturidade de nossa fé só se manifestam quando não recebemos nenhuma orientação específica. Uma fé robusta e madura não faz apenas o que mandam. Pelo contrário -- nas palavras de Willian Carey, quando foi para a Índia como missionário pioneiro --, a fé inabalável "tenta grandes realizações para Deus e espera que Ele faça grandes coisas". Essa fé acompanha ativamente o trabalho a ser feito, a vida a ser vivida, confiante na companhia bondosa do Pai, Filho e Espírito Santo. A redenção não anula a iniciativa humana; antes, a intensifica imergindo-a no fluir da vida de Deus. Quem possui uma visão amadurecida de Deus e experiência em seus caminhos não precisa viver em ansiedade obsessiva para fazer o que é certo. Na maior parte do tempo, sabe o que é certo. Porém, a confiança não está em uma palavra do Senhor, mas no Senhor, que permanece conosco.

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Dallas Willard, Ouvindo Deus, p.256-259
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quinta-feira, 19 de junho de 2008

quarta-feira, 18 de junho de 2008

ABU 2006 Tonica

ABU 2006 Ariovaldo Ramos

A eficácia pedagógica de Jesus: Um novo paradigma de Espiritualidade


A eficácia pedagógica de Jesus: Um novo paradigma de Espiritualidade



Os gregos denominavam “pedagogo” os escravos que tinham a nobre missão de conduzir os menores aos seus mentores, portanto, historicamente o termo pedagogia denota, basicamente, a imprescindível “arte de conduzir ao conhecimento”.


Os evangelhos deixam transparecer em suas narrativas que a primitiva característica da pedagogia pode ser claramente percebida na inter-relação de Jesus com as pessoas, em sua rápida, porém significativa, trajetória na palestina do primeiro século.O caminhar pedagógico do Mestre tinha como objetivo inaugurar um novo modelo de Espiritualidade, requisito indispensável para quem almejasse habitar no benfazejo Reino de Deus, cuja ênfase estava em conduzir homens e mulheres a se apropriarem da verdade libertadora e salvífica.


Evidentemente que para conduzi-los para além de suas cativas existências fazia-se necessário enfrentar algumas estruturas perversas - patriarcalismo, legalismo, ritualismo, dogmatismo, hipocrisia - que aumentavam ainda mais o abismo entre a religião oficial e a as pessoas, em suas reais necessidades espirituais.


Podemos arriscar, com base nos evangelhos, que a pedagogia de Jesus é libertadora, pois proporcionava às pessoas, escravizadas por um sistema religioso sem vida, respirar o ar puro da doce e graciosa misericórdia.O processo ensino-aprendizagem em Jesus, além de ser desafiador, assume um rosto “festeiro”, ele come, bebe e celebra com “alunos delinqüentes”, refeições que tinham um significado comprometedor, pois significavam declaração irrestrita de profunda amizade.


Outra característica que merece toda atenção na ação pedagógica de Jesus é o diálogo franco, aberto, nivelado e, acima de tudo, problematizador, que conduz as pessoas a fazerem suas escolhas sem qualquer tipo de constrangimento.O quarto capítulo do evangelho de João, cujo texto descreve detalhadamente o encontro de Jesus com a mulher Samaritana, mostra a eficácia pedagógica de Jesus na construção de um novo paradigma de Espiritualidade.


Ao conversar com uma mulher Samaritana Jesus enfrentou, ou melhor, desprezou as convenções perversas de sua época, pois não era socialmente adequado um homem conversar em público com uma mulher, e não era também menos inadequado um Judeu dialogar com uma desprezível Samaritana, que além de todas estas características indesejáveis, não tinha um currículo moral dos melhores.


Por último, Jesus liberta a mulher e a todos nós da miopia religiosa que vê a presença do Senhor apenas em espaços geográficos específicos e consagrados, confinando-o a determinadas construções humanas, como se fosse possível enquadrá-lo em Templos.“Mas vem a hora – e é agora - em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade, pois tais são os adoradores que o Pai procura” Jo 4: 23.


Verdadeiros adoradores, verdadeira Espiritualidade, verdadeira liberdade, onde encontrá-los?

Valdinei Gandra

Fonte:http://lbotelhos.blogspot.com/

sábado, 14 de junho de 2008

O missionário


O missionário



David Livingstone nasceu na Escócia, em 1813. Em sua mocidade, ele decidiu-se a propagar o cristianismo na África e tornou-se o maior missionário que aquele continente já conheceu.

Em suas viagens pelo interior da África, ele estudou a natureza e descobriu dezenas de espécies de raízes comestíveis e de frutos do deserto, que não eram cultivados. Com esses estudos tornou-se um médico naturalista, ajudando pessoas que vinham de povoados às vezes muito distantes, para receberem seu tratamento. Percorreu todo o interior da África, onde perdeu sua própria esposa, vitimada por uma febre fatal. Mesmo assim, continuou sua missão de pregar o amor de Cristo.

Estava muito próximo de realizar um de seus sonhos, que era encontrar a nascente do rio Nilo, quando faleceu. Seus companheiros de peregrinação o encontraram de joelhos ao lado da cama; no momento de sua partida, estivera conversando com Deus, de quem sempre falava aos nativos.

Ali mesmo, em baixo de uma árvore, foi enterrado o coração de Livingstone. Durante alguns meses, os companheiros africanos de Livingstone levaram seu corpo embalsamado, até a costa do Atlântico, onde seria transportado para sua terra natal. Na Abadia de Westminster, ele foi sepultado entre os monumentos de reis e heróis da Inglaterra. Em seu túmulo, foi escrito: "O coração de Livingstone ficou na África, seu corpo descansa na Inglaterra, mas sua obra continua."

Anos mais tarde, outros missionários resolveram retomar os caminhos de Livingstone na África. Quando começaram a falar de Cristo e de seu amor, ficaram surpresos ao ouvir dos nativos: "Nós já conhecemos esse homem! Ele viveu aqui conosco.! "Não é bem isso", disse o missionário. Estamos falando de Jesus Cristo, que viveu há quase dois mil anos"- explicaram os missionários ingleses. "O homem que você falou esteve por aqui também" – responderam os africanos. Livingstone teve uma vida tão exemplar que foi confundido com o próprio Cristo...

P.S. – Colocando o coração em tudo o que fizeres, "o sol não te molestará de dia e nem a lua de noite". O Senhor guardará a tua estrada e a tua saída desde agora e para sempre. (Salmo, 121:6, 7, 8). Esta história está no livro " É Óbvio ".




Tome uma atitude

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Missões


MISSÕES

“Com quem podemos contar para levar a sério a ordem: ‘Ide e fazei discípulos de todos os povos’?”


É o plano de Deus:
Antes mesmo do mundo ser criado, Deus sabia que o homem iria pecar. Sendo assim, Ele preparou, de antemão, um plano de salvação. Neste plano divino estava o conteúdo da obra missionária, que é o anúncio do Evangelho de salvação ao mundo perdido. (Gn 3:15; Ap 13:8; Ef 1:4 ; 1Tm 1:9; 1Pe 1:19 e 20).

É a ordem de Jesus:
Um dos maiores mandamentos de Jesus registrado nas Escrituras é a ordem de fazer missões (Mc 16:15; Mt 28:19 e 20). Antes da ascensão, sua última ordem foi: “Ide por todo o mundo”. (Mc 16:15).

É a obra do Espírito Santo:
O propósito pelo qual o Espírito Santo foi enviado é capacitar e dirigir a Igreja no avanço da obra missionária (Lc 24:47-49). Todo movimento espiritual que se denomine avivamento e não vise a conquista de almas para Cristo é pura emoção e não unção (At 1:8; 2:1-5,14; 4:5-12,31; 13:1-4).

É dever da Igreja:
Jesus não deixou a responsabilidade da Grande Comissão a nenhuma instituição humana. Antes, privatizou esta importante tarefa à sua amada Igreja (Mt 28:20; Jo 15:16; 17:18-20). Portanto, façamos missões.

É responsabilidade de cada cristão:
Cada cristão tem a responsabilidade de apoiar a obra missionária com oração. (Rm 15:30; Ef 6:18-20; Cl 4:2-4); com contribuição (Fl 4:10-20; 2 Co 9:6 - 14); e evangelização (1Co 9:16; ­­Ez 33:6-8).


Existe hoje uma confusão generalizada no meio dos cristãos, a respeito do que é missão. Assim como antigamente, hoje tudo se convencionou chamar de missão. Ora se tudo é missão, nada é missão, diz Stephen Neill.

Tentar definir missão não é tarefa fácil. É claro que houve uma evolução natural do termo ao ponto de "missão" incluir tudo, porém sem se identificar com esse todo. Pôr exemplo missão não é sinônimo de evangelismo, pois se tudo que a Igreja fizer for chamado de evangelismo, então nada é realmente evangelismo.

No dizer de John Stott, "missão" significa atividade divina que emerge da própria natureza de Deus". Foi o Deus vivo quem enviou a seu filho Jesus Cristo ao mundo, que enviou pôr sua vez os apóstolos e a Igreja. Enviou também o seu Espírito Santo à Igreja e hoje envia aos nossos corações.

Daí surge a missão da Igreja como resultado da própria missão de Deus, devendo aquela ser modelada pôr esta. Para que todos nós entendamos a natureza da missão da Igreja, precisamos entender a natureza da missão do Filho. Não podemos pensar em missão como um dos aspectos do ser Igreja, um departamento, mas como afirma o Dr. J. Andrew Kirk, "a Igreja é missionária pôr natureza ao ponto de que, se ela deixa de ser missionária, ela não tem simplesmente falhado em uma de suas tarefas, ela deixa de ser Igreja."

Para nós entretanto, não nos resta outra opção a não ser entender a missão a luz do ministério de Jesus. O que implica em dizer que missão é ser enviado; "Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio a vós" (João 20:21). Primeiramente ao mundo. Johannes Blauw, em a Natureza Missionária da Igreja, diz que "Não há outra Igreja, que não a Igreja enviada ao mundo". Fomos enviados para que nos identifiquemos com outras pessoas, pois de fato o que Jesus fez foi se identificar conosco assumindo nossos pecados, experimentando nossa fraqueza, sendo tentado e morrendo a nossa morte. Somos enviados pôr Cristo para encarnar as necessidades das pessoas, necessidades espirituais e materiais num mundo cada vez mais hostil.

Em segundo lugar, se compreendermos a missão de Jesus corretamente, vamos descobrir que ele veio ao mundo também com a missão de servir. Charles Van Engen ao citar Dietrich Bonhoeffer diz, "a Igreja existe para a humanidade no sentido de ser o corpo espiritual de Cristo e - a semelhança de Jesus - é enviada como serva". Marcos 10:45 diz que "o próprio Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos". A nossa missão como a dele deve ser uma missão de serviço.

Quero concluir com um outro texto de John Stott dizendo que: "Missão, antes de tudo, significa tudo aquilo que a Igreja é enviada ao mundo para fazer." Sendo que na sua caminhada ela deve mostrar a vocação da sua missão que é ser enviada ao mundo para ser Sal da terra e enviada ao mundo para que lhe sirva de Luz do mundo.


Fonte: Pesquisas na internet

A Igreja Perseguida na Coréia do Norte


A Igreja Perseguida na Coréia do Norte
1ª posição na Classificação de países por perseguição


Localizada na metade setentrional da Península da Coréia, no leste asiático, a Coréia do Norte é caracterizada por altas montanhas separadas por vales estreitos e profundos. Densas florestas cobrem cerca de dois terços do país.

A população coreana é de aproximadamente 23 milhões de pessoas. Uma parcela de 33% desse total possui idade inferior a 15 anos, enquanto mais de 60% dos habitantes vivem em áreas urbanas. A expectativa de vida é de 63 anos. Etnicamente, a população norte-coreana é constituída quase que totalmente por coreanos (99%). Há um pequeno número de chineses e japoneses. Tal situação - similar à realidade sul-coreana - permitiria que o evangelho se difundisse rapidamente no país, ainda que enfrentasse algumas barreiras culturais.

A história recente da Coréia do Norte tem sido bastante sofrida. A Coréia foi dividida em dois países logo após a II Guerra Mundial, como uma conseqüência da Guerra Fria. Antes disso, porém, o país foi ocupado pelo Japão por 35 anos, entre 1910 e 1945. Em junho de 1950, tropas norte-coreanas invadiram a Coréia do Sul em uma tentativa de unificar o regime comunista. O conflito armado durou três anos e culminou com a vitória sul-coreana, tendo causado sofrimentos significativos à região. A zona desmilitarizada entre os dois países continua sendo uma das áreas mais fortificadas e impenetráveis do mundo. A guerra quase irrompeu novamente no fim da década de 90, mas foi evitada graças a esforços diplomáticos. Não obstante, ainda há grande tensão entre as duas Coréias.

Atualmente, a Coréia do Norte é um Estado comunista controlado ditatorialmente por um homem - o presidente Kim Jong Il. A nação permanece fechada para o mundo exterior, porém as dificuldades econômicas e a fome crescente geraram alguma abertura, especialmente para ministérios de cunho social.

A economia norte-coreana é pobre e o trabalhador ganha em média apenas US$ 900 por ano. Mais da metade (64%) da força de trabalho atua na indústria e serviços. Quase 100% da população é alfabetizada e tem acesso à educação. Apesar de alguma modernização, a fome ainda é um problema social. Problemas sistemáticos, como a ausência de solo cultivável, a existência de fazendas coletivas e a falta de tratores e combustível, têm levado a Coréia do Norte a uma seqüência de períodos de escassez de alimento. As enchentes que ocorreram no verão de 2006, seguidas pelo tempo seco do outono, iniciaram o 13º ciclo de fome.

Há abertura para organizações humanitárias atuarem a fim de aliviar a fome da população. Mas, apesar disso, a população continua mal nutrida - 36% dela é subnutrida. Isso acontece parcialmente por causa da corrupta liderança das forças militares. Eles interceptam muitas cargas de alimento e desviam-na aos seus soldados. O próprio presidente Kim Jong Il disse, certa vez, que só precisa que 30% da população sobreviva.

Quase 70% da população não professa nenhuma religião. O restante segue crenças asiáticas como xamanismo, confucionismo ou budismo. A Coréia do Norte tem sido profundamente marcada por um "culto à personalidade" que elevou o falecido ditador King Il Sung à posição de deus. O governo utiliza severos controles para incutir essa ideologia sobre cada cidadão, que inclui o culto a Kim Il Sung e a seu filho Kim Jong Il, o atual presidente. Todas as religiões contrárias a esta ideologia são proibidas.

A Igreja

Menos de 2% da população é cristã, apesar de o cristianismo ter uma longa história na região. Antes da guerra, o país era palco de um reavivamento. A capital, Pyongyang, abrigava quase meio milhão de cristãos, constituindo na época cerca de 13% da população. Após a guerra, muitos cristãos fugiram em direção ao sul ou foram assassinados.

Atualmente, há três igrejas na cidade, mas elas são basicamente "igrejas de fachada", servindo à propaganda política. Quase todos os cristãos na Coréia do Norte pertencem a igrejas não registradas e clandestinas. O culto dos cristãos norte-coreanos modernos constitui de um encontro "casual" de dois ou três deles em algum lugar público. Lá eles oram discretamente e trocam algumas palavras de encorajamento.

A perseguição

A perseguição aos cristãos foi intensa durante o período de dominação japonesa, especialmente devido à pressão exercida pelos dominadores para a adoção do xintoísmo como religião nacional. Desde a instalação do regime comunista, a perseguição tem assumido várias formas. Em um primeiro momento, os cristãos que lutavam por liberdade política foram reprimidos. Depois, o governo tentou obter o apoio cristão ao regime, mas como não teve êxito em sua tentativa, acabou por iniciar um esforço sistemático para exterminar o cristianismo do país. Edifícios onde funcionavam igrejas foram confiscados e líderes cristãos receberam voz de prisão. Ao serem derrotados na Guerra da Coréia, soldados norte-coreanos em retirada freqüentemente massacravam cristãos com a finalidade de impedir sua libertação.

Ser cristão é perigoso na Coréia do Norte - por isso o país ocupa, pelo sexto ano consecutivo, a primeira posição na Classificação de países por perseguição. O Estado não hesita em torturar e matar qualquer um que possua uma Bíblia, esteja envolvido no ministério cristão, organize reuniões ilegais, ou até que tenha contato com cristãos (na China, por exemplo). Os cristãos que sobrevivem às torturas são enviados para os campos de concentração. Lá, as pessoas recebem diariamente alguns gramas de comida de má qualidade para sustentar o corpo que trabalha por 18 horas. A menos que aconteça um milagre, ninguém sai desses gigantes campos com vida.

Em setembro de 2007, a revista Newsweek destacou o drama dos cristãos norte-coreanos. Um desertor, Son Jong-nam, converteu-se quando fugiu para a China, onde conheceu um grupo de missionários cristãos. Após certo tempo, ele voltou ao seu país como missionário. Lá, foi detido e acusado de ser espião. Atualmente, ele está no corredor da morte em Pyongyang.

Son cresceu em boas circunstâncias por ser filho de um alto oficial. De acordo com a Newsweek, a esposa dele, grávida, perdeu o bebê depois de ter sido espancada durante um interrogatório na Coréia do Norte, por ter criticado o controle de alimentos de Kim Jong-Il.

Desde o final do século 19, cerca de cem mil norte-coreanos mantêm a fé cristã clandestinamente, segundo cálculos da Newsweek. Até mesmo Kim Il-Sung, o primeiro ditador da Coréia do Norte, falecido recentemente, veio de uma família cristã devota.

De acordo com missionários, os cristãos norte-coreanos mantêm suas Bíblias enterradas nos quintais, embrulhadas em plásticos. Alguns pastores na China oram por doentes e pregam através de interurbanos feitos por telefone celular, segundo a reportagem. Tudo isso num intervalo de tempo que vai de cinco a dez minutos. Os "cultos telefônicos" têm de ser rápidos, e muitas vezes são interrompidos bruscamente, porque a Coréia do Norte usa rastreadores para localizar os telefones.

Motivos de oração

1. Louve a Deus pelo crescimento da Igreja e pela capacidade dos cristãos norte-coreanos de divulgar o evangelho mesmo sob rígidas restrições. Ore para que novas oportunidades de evangelismo sejam descobertas.

2. A situação atual é terrível, mas Deus está usando esse sofrimento para o bem. Portas estão se abrindo para o evangelho à medida que o governo torna-se cada vez mais favorável a aceitar os ministérios cristãos de ação social e humanitária. Ore para que esta pequena abertura na esfera governamental possa expandir-se rapidamente.

3. O povo sofre com a obrigação de cultuar os líderes do país. Ore para que o vazio dessa falsa religião torne-se evidente e para que os norte-coreanos busquem o Deus verdadeiro.

4. Organizações missionárias voltadas para a Coréia prosseguem em sua preparação. Louve a Deus pelo grande volume de recursos que está sendo disponibilizado para ajudar a Coréia do Norte. Ore para que as organizações missionárias encontrem formas de realizar seu trabalho nos dias de hoje. Ore também para que estas organizações estejam preparadas para agir conjuntamente quando as portas do país se abrir para o exterior.

5. Os cristãos coreanos sofrem com a falta de Bíblias. A maioria dos cristãos não possui sua própria Bíblia e muitos não têm sequer acesso a uma. Ore para que ministérios cristãos consigam suprir o país com Bíblias. A maioria das Bíblias tem que ser contrabandeada e equipes de entrega continuam sendo necessárias.



Dados gerais

Capital
Pyongyang

Governo
República socialista, chefiada por Kim Jong Il, desde 1994

População
23,3 milhões (61,7% urbana)

Área
120.538 km2

Localização
Leste da Ásia

Idioma
Coreano

Religião
Números não estimados. Há grupos budistas, confucionistas e cristãos. O Estado é ateu

População cristã
450 mil

Perseguição
Severa

Restrições
A conversão é passível de prisão e a evangelização é proibida. Líderes cristãos são freqüentemente detidos sob falsas acusações



sexta-feira, 6 de junho de 2008


A Igreja Perseguida na Índia
34ª posição na Classificação de países por perseguição





A Índia é o sétimo país do mundo em extensão, apresentando uma área correspondente a um terço do Brasil. Localizada no centro-sul do continente asiático, é delimitada ao norte pelo Himalaia, a cadeia de montanhas mais alta do mundo, e faz fronteira com Paquistão, China, Nepal, Butão, Bangladesh e Mianmar. A vasta planície central é caracterizada pela presença de três rios: o Ganges, o Indo e o Brahmaputra. O Planalto do Decã ocupa uma grande região no extremo sul do país.

A Índia abriga a segunda maior população do globo, com um bilhão de habitantes. Por volta de 2050, é provável que a Índia ultrapasse a China e se torne a nação mais populosa do planeta, com mais de 1,5 bilhão de pessoas. Cerca de um terço dos indianos têm menos de 15 anos de idade e quase dois terços têm idade inferior a 30 anos. Muitos indianos vivem em grandes aglomerados urbanos, sendo Mumbai (ex-Bombaim) o maior deles, com mais de 15 milhões de habitantes. Há no entanto outras dez cidades com populações superiores a um milhão de habitantes. Nova Délhi, com mais de 10 milhões de pessoas, é a capital do país.

Uma invasão ariana, ocorrida entre 1500 e 1200 a.C, foi a responsável pelo início da urbanização. O budismo surge no país no século VI a.C. O primeiro império hindu instalou-se na região norte por volta de 321 a.C. A invasão árabe ocorreu no século VII da era cristã e os muçulmanos permaneceram no poder até as companhias de comércio surgirem em cena. A mais notável delas foi a Companhia das Índias Orientais, que tomou o poder e dominou os muçulmanos, controlando a Índia a partir da metade do século XVIII. Após a I Guerra Mundial, a influência do Reino Unido diminuiu. Em parte, isto ocorreu devido à influência de Gandhi. A total independência do colonialismo britânico foi obtida em 1947, mas como não havia união entre hindus e muçulmanos, a região foi dividida em dois países: uma Índia dominada pelo hinduísmo e um Paquistão muçulmano. As péssimas relações e disputas territoriais entre os dois países resultaram em duas guerras entre eles, além de um conflito com a China.

A economia indiana exerce um impacto sobre todo o mundo. A agricultura e a indústria são muito importantes: diamantes, jóias e roupas são importantes produtos de exportação. Apesar disso, a renda per capita média é de apenas US$ 440, ou seja, quase oito vezes menor que a renda per capita brasileira. Aproximadamente 600 milhões de pessoas vivem em uma situação de extrema pobreza. Com uma população tão jovem, o governo tem sérias dificuldades para fornecer educação, saúde e alimentação adequadas ao povo. Problemas como analfabetismo, proliferação de doenças e mortalidade infantil abundam no país.

A Índia sempre foi uma nação extremamente religiosa e milhares de deuses são adorados em todo o país. O hinduísmo representa a maior parte da população do país, seguido pelos muçulmanos e cristãos. O hinduísmo representa 82% dos indianos. O islamismo é a religião de cerca de 12% da população, enquanto o número de cristãos é de aproximadamente 3% da nação.

A Igreja

O cristianismo na Índia está no país desde o ano 52. Segundo a tradição, Tomás, um dos discípulos de Cristo, havia ido à Índia durante essa época e estabeleceu sete igrejas na região conhecida agora como Kerala, e outras em Madras. Ele foi martirizado e sua sepultura ainda está em São Tomé de Meliapor.

Há quatro correntes do cristianismo na Índia: ortodoxa, católica romana, protestante e grupos indígenas. Os cristãos formam 2,33% da população, dos quais mais da metade é católica. O restante está dividido em diferentes denominações.

Dos mais de 30 milhões de cristãos, cerca de 16 milhões são protestantes ou pertencem a igrejas independentes e 14 milhões são católicos. As campanhas evangelísticas têm obtido êxito apesar da notável tendência de crescimento da perseguição.

O nominalismo é o maior problema enfrentado pela igreja, em grande parte devido à falta de treinamento e discipulado. Um dos melhores métodos de evangelização são as redes de rádio cristãs, que alcançam milhares de pessoas com a Palavra de Deus. Organizações e trabalhadores locais também têm sido muito bem-sucedidos. A Associação de Missões da Índia (India Missions Association) coordena cerca de 50 agências evangélicas que atuam no país.

A Perseguição

A tensão entre hindus, sikhs, muçulmanos e cristãos permanece alta. Há muitos relatos de ataques a igrejas, raptos, detenções, e intimidação feitos por extremistas hindus. Essas ações são particularmente dirigidas aos líderes das igrejas. Oito Estados têm leis anti-conversão, que impedem a conversão de hindus ao cristianismo. Mesmo assim, muitos dalits pobres têm se convertido.

Os dalits formam a casta mais baixa da sociedade hindu. Eles são conhecidos comumente como "intocáveis", pois sua posição os torna indignos de serem tocados por outras pessoas de castas mais altas

Empregos e empréstimos governamentais são negados àqueles que se convertem ao cristianismo e o patrulhamento aos cristãos tem aumentado. No entanto, alguns casos recentes de perseguição tornaram-se públicos e resultaram em uma atenção maior do governo em proteger os direitos e liberdades dos cristãos. Grande parte da perseguição é realizada pelas alas radicais dos hindus e dos muçulmanos, que têm hostilizado, atacado e até assassinado membros da igreja.

Os cristãos indianos comemoraram a prisão de Dara Singh – também conhecido por Ravinder Kumar Pal –, que foi o mentor intelectual do assassinato do missionário australiano Graham Staines e seus dois filhos em janeiro de 1999. Singh foi capturado durante uma operação policial secreta após fugir das autoridades por mais de um ano.

Em sua confissão à polícia, Dara Singh disse que sua intenção era ensinar uma lição a Staines e não matá-lo. Ele declarou: "Eu não sabia que os filhos de Staines estavam lá. Fiquei triste com suas mortes. Staines foi incendiado porque este é um ritual hindu." O missionário e seus dois filhos estavam dormindo em um veículo estacionado perto da igreja, na cidade de Manoharpur, estado de Orissa, quando foram cercados por uma multidão e queimados vivos.

Cristãos residentes naquela cidade têm vivido em constante tensão e medo desde que o crime ocorreu. Dois cristãos, Rolia Soren e Chaitanya Munmi (pastor da igreja local), foram aconselhados a não sair à noite sozinhos.

Gladys, a esposa do missionário morto, disse que se sentia aliviada com a prisão de Dara Singh: "Isso é muito bom. Estou feliz porque ele não poderá matar outras pessoas." Richard Howell, da Evangelical Fellowship of India, afirmou: "Estamos muito felizes com a prisão de Dara Singh. Nós esperamos que as investigações desse caso continuem e provem que a morte de Staines e seus dois filhos não foi um evento isolado, mas parte de uma movimento de ódio do Sangh Parivar* contra a igreja."

Em abril de 2007, há poucas centenas de metros da casa do primeiro-ministro de Rajasthan, um grupo de extremistas atacou um missionário cristão diante de sua família e das câmeras de televisão. Antes de se dirigirem à casa do missionário, os extremistas pertencentes ao grupo fundamentalista hindu VHP, ligaram para um canal de televisão pedindo que sua ação fosse filmada. Depois que terminaram, foram embora sem ser perturbados.

Walter Massey, ex-obreiro da Índia Every Home Crusade, é dirigente de uma pequena congregação chamada Masihi Sanghti. Ele feriu-se gravemente, mas sobreviveu. De acordo com sua esposa e outras testemunhas, três jovens bateram à porta de sua casa em Nandpuri Bazar, dizendo que precisavam se encontrar com Walter. Quando abriu a porta, eles começaram a falar com o missionário, e em poucos segundos, cerca de 25 extremistas começaram a agredi-lo. Eles o golpearam violentamente com varas, barras de ferro, e saquearam a casa deixando a propriedade destruída.

Uma audiência indiana chocada assistiu às notícias que mostravam o pastor Walter sangrando por causa das agressões e sendo molestado pelos extremistas enquanto sua família aterrorizada assistia a tudo. Durante a agressão, o pastor Walter clamava pelo nome de Jesus. O pastor saiu de sua casa proclamando o amor de Jesus Cristo aos curiosos. Mais tarde ele falou à equipe de TV sobre o amor de Jesus Cristo e como os cristãos oram pela nação. Depois, foi levado ao hospital.

Inicialmente a polícia se recusou a registrar uma queixa, fazendo isso somente depois de ser pressionada pela Comunidade Cristã de Jaipur e outras organizações. A maioria dos agressores pode ser identifica por meio do vídeo exibido durante horas na televisão, mas na queixa que a polícia registrou, está declarado que o pastor Walter foi atacado por homens não identificados


* N. do E.: Sangh Parivar é o nome do movimento que abrange todos os grupos fundamentalistas hindus

Os cristãos indianos têm expressado suas preocupações com as medidas tomadas pelo governo do Estado de Orissa para reduzir ainda mais a liberdade religiosa. No ano passado, o governo daquele estado divulgou uma nota para implementar com rigor a Lei de Liberdade Religiosa, em vigor desde 1967. A lei obriga as pessoas que desejam mudar de religião a informar sua decisão ao magistrado distrital, que pedirá que o assunto seja examinado pela polícia. Essa obrigatoriedade não se aplica aos casos de conversão do cristianismo ao hinduísmo. Harold Mulick, líder de uma igreja em Calcutá, denunciou a medida como sendo inconstitucional e de natureza discriminatória: "É uma flagrante violação da liberdade religiosa assegurada pela constituição da Índia."

Rajasthan é um dos Estados mais nacionalistas da Índia. Lá, os cristãos somam 0,11% da população; os muçulmanos são 8% e os hindus são 89%. Muitos ataques têm ocorrido de forma muito violenta.


O Futuro

O crescimento da igreja tem despertado reações negativas por parte de militantes hindus e muçulmanos, mas mesmo assim a evangelização tem colhido seus frutos. Estima-se que por volta de 2050 o número de cristãos no país seja superior a 250 milhões, o equivalente a cerca de 16% da população.

Motivos de Oração

1. A igreja indiana possui uma longa história. Louve a Deus pelo impacto duradouro que as missões cristãs têm exercido no país. Ore para que a igreja indiana continue a fortalecer suas bases e sua atividade evangelística, desenvolvendo ainda mais sua capacidade de envio missionário.

2. O Evangelho tem sido grandemente difundido na região sul. Louve a Deus por isso. Ore também para que mais missionários e evangelistas trabalhem no norte do país, onde existe uma oposição maior e menos trabalhos de divulgação da Palavra de Deus.

3. Missionários cristãos enfrentam ameaças e perseguições constantes no norte do país. Ore pela proteção deles e peça provisão divina para as muitas viúvas de mártires cristãos.

4. A igreja indiana tem sido marcada com o derramamento de sangue. Ore para que o martírio de cristãos seja um forte testemunho para os indianos. Os casos de martírios são amplamente divulgados em todo o país, o que tem levado muitos à fé cristã.

5. Muitos radicais hindus opõem-se violentamente ao cristianismo. Ore para que ocorra o abrandamento da oposição hindu e para que o cristianismo ganhe a simpatia de líderes hindus influentes.





Dados gerais

Capital
Nova Délhi

Governo
República federativa, chefiada pelo presidente Pratibha Patil desde 2007

População
1,15 bilhão (28,7% urbana)

Área
3.287.590 km2

Localização
Sul da Ásia

Idiomas
Hindi, inglês e outras 21 línguas oficiais

Religião
Hinduísmo 80,5%, islamismo 13,4%, cristianismo 2,3%, sikh 1,9%, outras 1,9%

População cristã
25,6 milhões

Perseguição
Algumas limitações

Restrições
Há liberdade de culto e de evangelização

Fonte:http://www.portasabertas.org.br/

quarta-feira, 4 de junho de 2008

A Igreja Perseguida no Marrocos


A Igreja Perseguida no Marrocos
40ª posição na Classificação de países por perseguição




O Marrocos situa-se no extremo noroeste do continente africano. Ele está separado do sul da Espanha pelo Estreito de Gibraltar, que compreende 12 quilômetros de extensão. A geografia do país é bastante diversificada: uma faixa litorânea é banhada pelo Oceano Atlântico e pelo Mar Mediterrâneo; a Cordilheira do Atlas toma o norte e o interior do país, separando o litoral das áreas desérticas.

Pouco mais de 30% da população tem idade inferior a 15 anos. É alto também o índice de analfabetismo, abrangendo quase metade da população. O número de alfabetizados entre os homens é maior; quanto às mulheres, apenas 39% delas sabem ler.

Os marroquinos são quase inteiramente formados pela mistura de etnias árabes e berberes. Embora o árabe seja o idioma oficial, dialetos berberes e o francês são bastante comuns.

O atual território marroquino foi objeto de várias batalhas entre as antigas tribos da região e diversos impérios mundiais. Os árabes invadiram o Marrocos em 682 e, em pouco tempo, quase todos os habitantes da região adotaram a religião islâmica, com exceção dos judeus. Berberes do Marrocos foram então recrutados e utilizados na subseqüente invasão e ocupação da Península Ibérica em 711. O poder político do país permaneceu sob domínio do islã desde a ocupação árabe até o século XV, quando os europeus começaram a invadir a região. Portugueses, espanhóis e franceses travaram uma disputa armada pelo controle do país, que acabou dividido entre a França e a Espanha.

Após a II Guerra Mundial, nacionalistas iniciaram um movimento pela independência do país. A França rejeitou essa tentativa até 1956, quando ela e Espanha acabaram por reconhecer a independência do Marrocos, então, reunificado em uma única nação. Em 1957, o sultão Muhammad V autoproclama-se rei.

Atualmente, o Marrocos é governado por uma monarquia constitucional. Sua nova Constituição, aprovada em 1996, promoveu abertura democrática, pois o parlamento passou a ser eleito inteiramente pelo voto popular. Entretanto, juntamente com as reformas de caráter mais democrático, assegurou-se a supremacia do rei.

A influência ocidental é evidente na maior parte das cidades do litoral Atlântico. Isso é visível nas roupas e no comportamento das pessoas. O materialismo parece seduzir alguns: é possível ver nas ruas de Rabat, a capital, e em Casablanca, a maior cidade do país, alguns carros extremamente caros. Muitas pessoas pensam em abandonar o país e emigrar à Europa.

Praticamente todos os marroquinos são muçulmanos, a maioria de tradição sunita. O islã é a religião oficial e os preceitos do islamismo estão profundamente arraigados na sociedade. Não se sabe exatamente o número de cristãos no país, pois há ex-muçulmanos convertidos que não revelam sua conversão.

A Igreja

O cristianismo chegou ao Marrocos ainda no primeiro século da era cristã e muitas dioceses já haviam sido estabelecidas no final do século II. Infelizmente, a Igreja passou por problemas terríveis nos anos subseqüentes devido à perseguição romana, às invasões dos vândalos e a divisões internas. Finalmente, os exércitos muçulmanos colocaram um ponto final na presença do cristianismo na região.

Em 1220, um novo esforço missionário foi iniciado pelos franciscanos, mas a evangelização foi suprimida e a Igreja permaneceu fraca. A atitude positiva de seus líderes com relação ao movimento de independência ajudou a melhorar a imagem do cristianismo perante a opinião pública.

A maioria dos cristãos marroquinos, cerca de 90%, é formada por estrangeiros que vivem no país. O número de ex-muçulmanos marroquinos pode varias de dois a 20 mil, e geralmente evitam atitudes que chamem a atenção de uma forma indesejada.

O país está mais aberto ao cristianismo do que no passado. A tendência é que haja mais artigos em jornais sobre os cristãos marroquinos. Os líderes têm sido interrogados menos regularmente pela polícia.

A Perseguição

A Constituição marroquina assegura liberdade de religião e, apesar de o islamismo ser a religião oficial do país, os estrangeiros podem praticar livremente sua fé. Eles freqüentam cultos religiosos sem quaisquer restrições ou temor de represálias.

Entretanto, o evangelismo é desencorajado pela sociedade. A maioria dos cidadãos vê tais atos públicos como ameaças provocativas à lei e à ordem num país esmagadoramente muçulmano. Também é ilegal qualquer tentativa de se converter um muçulmano. O infrator pode ser punido de três a seis meses de prisão, e uma multa de 10 a 50 dólares. O muçulmano que se converter também é punido: legalmente pela lei islâmica, ou informalmente pela sociedade.

É difícil esconder as atividades da Igreja, o evangelismo em especial, pois as pessoas vigiam umas às outras, e a polícia conta com uma rede de informantes. Se essas atividades da Igreja forem notadas, ou causarem influência social, deve esperar-se um contra-ataque.

A tendência fundamentalista muçulmana está crescendo, e exerce sua influência nas autoridades e na sociedade. Enquanto a Igreja se mantiver quieta, ela será tolerada. A partir do momento que tentar expandir suas atividades, por exemplo, evangelizando, ela será oprimida.

Um cristão fez o seguinte relato: "Quando olhamos para a Igreja marroquina, somos forçados a dizer que o número de marroquinos que fizeram uma decisão por Cristo é limitado. De uma população de milhões de pessoas, há apenas alguns milhares de cristãos. Não há permissão para que nos organizemos como uma verdadeira Igreja e temos de nos reunir em nossas casas. Além disso, há apenas algumas dezenas de igrejas em todo o país - com maior concentração nas áreas urbanas - e é difícil estabelecer um modelo de trabalho eficaz para a Igreja marroquina.

A liderança é fraca, e grande parte de nosso material nos chega ilegalmente. Quando a conversão de um muçulmano ao cristianismo se torna pública, a pressão para que renunciemos à fé cristã é intensa. Somos presos, espancados, e nos oferecem incentivos para que retornemos ao islamismo. Cristãos que pertenciam a grupos muçulmanos severos são os que mais têm problemas.

Demorou um século para a Igreja marroquina chegar ao lugar que está e, portanto, não esperamos um crescimento acelerado agora."

Motivos de Oração

1. Há décadas que a perseguição apresenta um crescimento constante. Ore para que o governo marroquino assegure a liberdade religiosa aos cristãos e para que estes possam cultuar e evangelizar sem restrições. Peça também pela segurança dos cristãos marroquinos e pelo abrandamento da postura do governo.

2. A Igreja não tem liberdade para evangelizar livre e abertamente. Ore para que os cristãos marroquinos continuem a desenvolver meios criativos de difundir as boas novas sobre Jesus e para que seus esforços evangelísticos sejam protegidos da repressão pelo poder do Espírito Santo.

3. Interessados no cristianismo são alvo de intimidação. Contatos com organizações estrangeiras são ilegais e passíveis de condenação à prisão. No entanto, os marroquinos continuam a entrar em contato com programas de rádio cristãos para solicitar materiais de estudo. Ore pela segurança destas pessoas e para que os materiais enviados não sejam interceptados.

4. Estrangeiros cristãos que trabalham no Marrocos têm sido descobertos, presos e expulsos do país. Ore pedindo proteção para estes cristãos e eficácia para seus testemunhos. Novos profissionais estão constantemente chegando ao país para se juntar a este grupo de cristãos estrangeiros que muitas vezes encontra oportunidades discretas para testemunhar.



Dados gerais

Capital Rabat

Governo Monarquia constitucional governada pelo rei Mohammed VI, desde julho de 1999

População 34,34 milhões (58,8% urbana)

Área 446.550 km2

Localização Noroeste da África

Idiomas Árabe, dialetos berberes e francês

Religião Islamismo 98,7%, cristianismo 1,1% judaísmo 0,2%

População cristã 377 mil

Perseguição Algumas limitaçõesRestrições

O islã é a religião oficial, a Constituição, no entanto, garante liberdade religiosa

segunda-feira, 2 de junho de 2008

O mega negócio do evangelho


O mega negócio do evangelho


Li em um site evangélico uma reportagem pedindo oração por uma cantora brasileira que está sendo evangelizada por um pastor. Chamou-me a atenção o fato de que a referida cantora usa expressões comuns dos crentes para comunicar-se com seu público durante os shows. Expressões tais como “a nossa apresentação vai continuar e tudo vai dar certo porque o Sangue de Cristo tem poder” e “Deus vos abençõe ricamente.”

Admiro o trabalho evangelístico que muitos homens e mulheres de Deus fazem no meio artístico. Muitos “destes famosos” têm se convertido genuinamente ao Senhor, e depois de muitos anos têm demonstrado uma vida de testemunho cristão e uma vida pautada pela Palavra de Deus.

Outros tornam-se evangélicos apenas por modismo nesta onda de constantinização moderna. Transferem sua fama suja para a igreja, baseada em sua vida corrupta e perversa, e são disputados em programas evangélicos e em igrejas em busca de audiência e frequência.

O que me chamou a atenção não foi o uso das expressões conhecidamente evangélicas, mas a soma de muitos fatos relacionados a outros artistas e cantores que se dizem cristãos, e como milhares de evangélicos de fato são, porém nominalmente.

Há quem apresente um programa pornográfico de TV e se diga "crente" e é membro de uma “igreja evangélica” inclusive.

Há um conjunto que se apresenta em shows mundanos e programas de TV cantando músicas seculares e são “crentes.”

Há atores e atrizes que se beijam em cenas de novelas, protagonizando triângulos amorosos e fazendo papéis que a Bíblia ordena “nem ainda se nomeie entre vós, como convém a santos” que são “crentes”.

Afinal de contas qual é o problema de trabalharem em novelas, se mais de 70% dos evangélicos as assistem diariamente, as produzidas pelo canal de TV de propriedade de uma igreja evangélica, inclusive? A Bíblia porém declara: “Não vos comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as.”

Deixa eu ir direto ao assunto: se a outra artista famosa, recém batizada ainda rebola, dança axé e tudo o mais, ela pode até ser evangélica, mas ainda não nasceu de novo.

Ninguém que ainda vive na prática do pecado nasceu de novo. “Qualquer que é nascido de Deus não vive na prática do pecado; porque a Sua semente permanece nele, e não pode pecar, porque é nascido de Deus.”

E o que dizer dos pregadores que aceitam somente convites onde suas demandas são aceitas, tais como hotéis de certa categoria, venda estipulada de seus produtos e pagamento de oferta mínima?

O que dizer dos cantores gospel que cobram cachês, alguns deles até continuam tendo a mesma vida devassa de antigamente e apresentam em igrejas e mais igrejas, endossados pela ingenuidade de muitos pastores?

A cantora pode clamar o sangue de Cristo duas mil vezes, que fazendo o que faz no palco e cantando o que canta, suas palavras não passam de jargões evangélicos.

O pregador famoso que prega em todo o Brasil e no exterior, e que há alguns meses atrás cobrou três mil reais para fazer uma cruzada, e quase “depenou” o pobre pastor que não conseguiu levantar o dinheiro para “pagá-lo”, pode até pregar muito bem, mas não passa de um mercenário da fé e um “pentecostal” hipócrita.

E o cantor e a cantora gospel que procedem com tais práticas são “levitas de aluguel”, “paquitos e chacretes evangélicos” que conhecem somente o átrio do templo de Herodes onde os mercadores vendiam seus produtos.

Para milhares a Pregação do Evangelho tornou-se uma profissão e deixou de ser a Pregação do Evangelho da Cruz para tornar-se apenas uma profissão.

A Mensagem da Cruz de nosso Senhor Jesus Cristo tem sido aviltada pelos neologismos e "inventices" desta geração fraca e pobre de pregadores.

Pregadores de um "evangelho" de conveniências que desconhecem a Cruz e a Santificação sem a qual ninguém verá o Senhor. De um “evangelho” de vendilhões do templo que desconhecem a Graça das Palavras de Jesus: “De Graça recebei, de Graça dai!“

Não venham me dizer de que “é dígno o obreiro de seu sálario” como desculpa para suas cobranças de cachês, contratos publicitários e acordos comerciais! O obreiro é digno de seu sálario, mas não o comerciante do Evangelho nem o mercantilista da fé.

"Deixe o ímpio o seu caminho e se CONVERTA AO SENHOR" é a mensagem do Juiz de toda a Terra. Sem conversão não há salvação. Sem testemunho (frutos) o machado que está posto à raiz da árvore vai trabalhar direitinho.

I JOÃO CAPÍTULO 3 AINDA É A PALAVRA DE DEUS! Aquele que vive na prática do pecado ainda não nasceu de novo nem sequer conheceu a Deus. Ainda pertence ao Diabo! Seja cantor, pastor, pregador, crente e quem quer que seja!

A coisa está muito esquisita! As referências e padrões bíblicos de nossos pais na fé há muito já foram desprezadas.

Estou cansado desta mega empresa e deste mega negócio que virou a igreja evangélica brasileira onde a maioria destas empresas de produção musical, igrejas-empresas, etc abarrotam-se de lucros em nome do Louvor e Adoração a Deus. Onde centenas e milhares de seus pregadores levantam ofertas oferecendo a multiplicação do dinheiro e a prosperidade, o paraíso na terra e as bençãos gratuitas de Deus. Protagonizam a versão moderna da venda das indulgências! Seus líderes são opressores dos pobres pastores que precisam bater todo o mês a cota de dízimos de suas congregações! Enquanto a igreja católica comercializa ídolos dos santos eles comercializam-se a si mesmos, suas imagens farisaicas e seus sermões repetidos.

Esta raça de hipócritas deveria deixar de fantasiar e passar a tratar as coisas de Deus à sério.

Muitos deles casam, descasam, furtam, exploram, vivem uma vida de luxúria em nome da prosperidade "divina" e produzem canções para o mercado evangélico. É isto mesmo: igrejas empresas, profissionais da fé, empresários. Sua linguagem é o lucro e a transação comercial seu sangue. Contratos e ofertas: se não receberem não cantam, não pregam, não fazem o show. Gente morna que o Senhor vai vomitar de Sua boca se não se arrependerem. No Evangelho não cabe empresários do Evangelho nem profissionais. O Evangelho não é negócio, definitivamente!

Ah! Que o Senhor levante pelo menos uns 12 João Batistas para desmascarar esta farsa que é a igreja evangélica brasileira.

Que o Senhor tenha misericórdia destes artistas e atrizes famosos para que venham conhecer o Verdadeiro Evangelho que anuncia a Salvação pela Graça, por meio da Fé em Jesus, através do Arrependimento.

"Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos Céus." Se não nos arrependermos não escaparemos da ira do juízo de Deus.



A IGREJA NÃO É DE ROMA


A IGREJA NÃO É DE ROMA
Josimar Salum

“Que fareis pois irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.” (I Cor. 14:26)

Desconhecemos a espontaneidade e a liberdade nas reuniões do Corpo de Cristo, com a participação ativa dos crentes e não de alguns poucos, porque não entendemos ainda o que significa Igreja. É preciso compreender: desfez-se a reunião, e o ajuntamento dissolveu-se, não existe mais igreja. Igreja é reunião, é ajuntamento, é assembléia.

“Mas chegastes ao monte de Sião e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial... à universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus e a Deus... e a Jesus...” (Hb. 12:22-24).

O tempo exige espaço para prover sua limitação, para demarcar sua referência de um acontecimento. “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em Meu Nome, ai estou no meio deles.” (Mt. 18:20). Jesus manifesta Sua presença na temporalidade dos encontros humanos nesta igreja de dois ou três pararelamente reunindo-se eternamente naquela igreja (assembléia) de milhares de primogênitos.

Estavam todos reunidos no mesmo lugar (At. 1:2), era a igreja. Dizer que a igreja estava reunida é uma redundância. Era a comunidade de irmãos e irmãs que numa constante dinâmica de relacionamentos entre si e em comunhão com Deus aguardava o derramamento do Espírito Santo, que João Batista chamou de Batismo. (At. 1:5).

A igreja não é de Roma, são todos os que estão em Roma, amados de Deus, chamados santos. (Rom. 1:7). A igreja de Deus está em Corinto (I Co. 1:3; II Co. 1:1), quando se reúnem no Nome Jesus e Ele está no meio deles. São as igrejas da Galácia; em cada cidade ou vila se congregam e porque estão congregados naquele tempo determinante são igreja (Gl 1:2). São os santos que estão em Éfeso e fiéis em Cristo Jesus (Éf. 1:1). São os que estão em Filipos (Fp 1:1) e em Colossos (Cl. 1:2). É a igreja dos tessalonicenses em Deus, não que pertença a eles, são eles mesmos quando estão reunidos, em assembléia (I Ts 1:1, II Tes. 2:1).

Dissociar IGREJA da ídeia de lugar definido, templo, denominação, prédio, edifício, “igreja” que continua sendo “igreja” mesmo quando não estão reunidos é exercício difícil do pensamento; tem-se que renunciar violentamente os axiomas e dogmas estabelecidos; tem que se desvencilhar e se desatar das tradições dos séculos protestantes e evangélicos; tem que ter coragem para romper com paradigmas cauterizantes e engessados de natureza puramente religiosa; tem que romper com sistemas hermenêuticos históricos que há muito roubaram os meios de se chegar até às Escrituras despreconceituosamente e tem que santificar-se, separar-se para a Verdade, pois é possível se libertar deste hibridismo – santo-profano – para entender por Revelação a discernir o Corpo de Cristo que definitivamente não está dividido.

Toda “igreja” tem um altar e um púlpito. O altar serve para uma classe sacerdotal exercer suas funções e o púlpito serve para discriminar os santos de Deus. “Mas vós sois a geração eleita, sacerdócio real (sacerdotes e reis), a nação santa, o povo adquirido para que anuncieis as virtudes daqueles que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz.” (I Pe. 2:9).

O rebanho de Deus reconhece que o Espírito Santo constituiu bispos que o apascenta, mas sendo resgatado com o próprio sangue de Deus (conforme Atos 20:28), tem acesso livre ao Altar nos céus que elimina categoricamente qualquer altar na terra. Existiram na terra até à crucificação de Jesus altares pagãos e altares para Deus, depois da Cruz de Jesus, o último altar de Deus na terra, todo altar na terra se tornou pagão. Jesus é o Altar Eterno de Deus e é somente Nele e através Dele que nos encontramos com Deus.

O púlpito sacraliza a voz do que fala em Nome de Deus. É somente para “os escolhidos.” Não é canal de todos os santos. Estes se silenciam para ouvir a voz do que fala. De fato, o púlpito roubou a liberdade dos santos de edificarem uns aos outros, porque se um somente edifica o culto não é do Corpo, mas do pastor ou daqueles que falam ou ministram. O púlpito atrai para si o referencial do próposito essencial da igreja em relação a nós, que os santos se reúnem para edificar uns aos outros. O apêndice tornou-se o destaque e aniquilou a função do corpo.

A figura do pastor-regente é exigência do programa, projeto escrito e minucioso, que dá a conhecer os pormenores de um espectáculo. Leituras, período de louvor, avisos, coleta, pregação, com algumas variantes, todo domingo é o mesmo. Os shows evangélicos moderninzaram o culto e o sofisticou. Mas continua sendo o sistema de palco e platéia, espetáculo e pláteia, figura do Panteão grego. E os deuses se multiplicam.

Se somos santos de Deus e entendemos as coisas do Espírito, não seria o caso de percebermos que o tipo de culto que temos é o mesmo praticado a 500 anos? Não seria o caso de voltarmos para o Novo Testamento e examinarmos as Escrituras para comprovar se estas coisas eram assim? (At. 17:11)

É preciso restaurar o culto às Igrejas, onde irmãos e irmãs edificam-se uns aos outros com o que Deus lhes deu, numa comunhão perene de gente que não segue um programa, não requer um animador para conduzí-los e que dispensa estrelismos. O que passar disto é entretenimento. Por melhor e até edificante que seja é outra coisa, não chame de igreja, à Luz da Biblia não pode ser e definitivamente não é.

Igreja: “onde estiverem dois ou três reunidos em Meu Nome, ai estou no meio deles.” (Mt. 18:20).