A Igreja Perseguida na Coréia do Norte
1ª posição na Classificação de países por perseguição
Localizada na metade setentrional da Península da Coréia, no leste asiático, a Coréia do Norte é caracterizada por altas montanhas separadas por vales estreitos e profundos. Densas florestas cobrem cerca de dois terços do país.
A população coreana é de aproximadamente 23 milhões de pessoas. Uma parcela de 33% desse total possui idade inferior a 15 anos, enquanto mais de 60% dos habitantes vivem em áreas urbanas. A expectativa de vida é de 63 anos. Etnicamente, a população norte-coreana é constituída quase que totalmente por coreanos (99%). Há um pequeno número de chineses e japoneses. Tal situação - similar à realidade sul-coreana - permitiria que o evangelho se difundisse rapidamente no país, ainda que enfrentasse algumas barreiras culturais.
A história recente da Coréia do Norte tem sido bastante sofrida. A Coréia foi dividida em dois países logo após a II Guerra Mundial, como uma conseqüência da Guerra Fria. Antes disso, porém, o país foi ocupado pelo Japão por 35 anos, entre 1910 e 1945. Em junho de 1950, tropas norte-coreanas invadiram a Coréia do Sul em uma tentativa de unificar o regime comunista. O conflito armado durou três anos e culminou com a vitória sul-coreana, tendo causado sofrimentos significativos à região. A zona desmilitarizada entre os dois países continua sendo uma das áreas mais fortificadas e impenetráveis do mundo. A guerra quase irrompeu novamente no fim da década de 90, mas foi evitada graças a esforços diplomáticos. Não obstante, ainda há grande tensão entre as duas Coréias.
Atualmente, a Coréia do Norte é um Estado comunista controlado ditatorialmente por um homem - o presidente Kim Jong Il. A nação permanece fechada para o mundo exterior, porém as dificuldades econômicas e a fome crescente geraram alguma abertura, especialmente para ministérios de cunho social.
A economia norte-coreana é pobre e o trabalhador ganha em média apenas US$ 900 por ano. Mais da metade (64%) da força de trabalho atua na indústria e serviços. Quase 100% da população é alfabetizada e tem acesso à educação. Apesar de alguma modernização, a fome ainda é um problema social. Problemas sistemáticos, como a ausência de solo cultivável, a existência de fazendas coletivas e a falta de tratores e combustível, têm levado a Coréia do Norte a uma seqüência de períodos de escassez de alimento. As enchentes que ocorreram no verão de 2006, seguidas pelo tempo seco do outono, iniciaram o 13º ciclo de fome.
Há abertura para organizações humanitárias atuarem a fim de aliviar a fome da população. Mas, apesar disso, a população continua mal nutrida - 36% dela é subnutrida. Isso acontece parcialmente por causa da corrupta liderança das forças militares. Eles interceptam muitas cargas de alimento e desviam-na aos seus soldados. O próprio presidente Kim Jong Il disse, certa vez, que só precisa que 30% da população sobreviva.
Quase 70% da população não professa nenhuma religião. O restante segue crenças asiáticas como xamanismo, confucionismo ou budismo. A Coréia do Norte tem sido profundamente marcada por um "culto à personalidade" que elevou o falecido ditador King Il Sung à posição de deus. O governo utiliza severos controles para incutir essa ideologia sobre cada cidadão, que inclui o culto a Kim Il Sung e a seu filho Kim Jong Il, o atual presidente. Todas as religiões contrárias a esta ideologia são proibidas.
A Igreja
Menos de 2% da população é cristã, apesar de o cristianismo ter uma longa história na região. Antes da guerra, o país era palco de um reavivamento. A capital, Pyongyang, abrigava quase meio milhão de cristãos, constituindo na época cerca de 13% da população. Após a guerra, muitos cristãos fugiram em direção ao sul ou foram assassinados.
Atualmente, há três igrejas na cidade, mas elas são basicamente "igrejas de fachada", servindo à propaganda política. Quase todos os cristãos na Coréia do Norte pertencem a igrejas não registradas e clandestinas. O culto dos cristãos norte-coreanos modernos constitui de um encontro "casual" de dois ou três deles em algum lugar público. Lá eles oram discretamente e trocam algumas palavras de encorajamento.
A perseguição
A perseguição aos cristãos foi intensa durante o período de dominação japonesa, especialmente devido à pressão exercida pelos dominadores para a adoção do xintoísmo como religião nacional. Desde a instalação do regime comunista, a perseguição tem assumido várias formas. Em um primeiro momento, os cristãos que lutavam por liberdade política foram reprimidos. Depois, o governo tentou obter o apoio cristão ao regime, mas como não teve êxito em sua tentativa, acabou por iniciar um esforço sistemático para exterminar o cristianismo do país. Edifícios onde funcionavam igrejas foram confiscados e líderes cristãos receberam voz de prisão. Ao serem derrotados na Guerra da Coréia, soldados norte-coreanos em retirada freqüentemente massacravam cristãos com a finalidade de impedir sua libertação.
Ser cristão é perigoso na Coréia do Norte - por isso o país ocupa, pelo sexto ano consecutivo, a primeira posição na Classificação de países por perseguição. O Estado não hesita em torturar e matar qualquer um que possua uma Bíblia, esteja envolvido no ministério cristão, organize reuniões ilegais, ou até que tenha contato com cristãos (na China, por exemplo). Os cristãos que sobrevivem às torturas são enviados para os campos de concentração. Lá, as pessoas recebem diariamente alguns gramas de comida de má qualidade para sustentar o corpo que trabalha por 18 horas. A menos que aconteça um milagre, ninguém sai desses gigantes campos com vida.
Em setembro de 2007, a revista Newsweek destacou o drama dos cristãos norte-coreanos. Um desertor, Son Jong-nam, converteu-se quando fugiu para a China, onde conheceu um grupo de missionários cristãos. Após certo tempo, ele voltou ao seu país como missionário. Lá, foi detido e acusado de ser espião. Atualmente, ele está no corredor da morte em Pyongyang.
Son cresceu em boas circunstâncias por ser filho de um alto oficial. De acordo com a Newsweek, a esposa dele, grávida, perdeu o bebê depois de ter sido espancada durante um interrogatório na Coréia do Norte, por ter criticado o controle de alimentos de Kim Jong-Il.
Desde o final do século 19, cerca de cem mil norte-coreanos mantêm a fé cristã clandestinamente, segundo cálculos da Newsweek. Até mesmo Kim Il-Sung, o primeiro ditador da Coréia do Norte, falecido recentemente, veio de uma família cristã devota.
De acordo com missionários, os cristãos norte-coreanos mantêm suas Bíblias enterradas nos quintais, embrulhadas em plásticos. Alguns pastores na China oram por doentes e pregam através de interurbanos feitos por telefone celular, segundo a reportagem. Tudo isso num intervalo de tempo que vai de cinco a dez minutos. Os "cultos telefônicos" têm de ser rápidos, e muitas vezes são interrompidos bruscamente, porque a Coréia do Norte usa rastreadores para localizar os telefones.
Motivos de oração
1. Louve a Deus pelo crescimento da Igreja e pela capacidade dos cristãos norte-coreanos de divulgar o evangelho mesmo sob rígidas restrições. Ore para que novas oportunidades de evangelismo sejam descobertas.
2. A situação atual é terrível, mas Deus está usando esse sofrimento para o bem. Portas estão se abrindo para o evangelho à medida que o governo torna-se cada vez mais favorável a aceitar os ministérios cristãos de ação social e humanitária. Ore para que esta pequena abertura na esfera governamental possa expandir-se rapidamente.
3. O povo sofre com a obrigação de cultuar os líderes do país. Ore para que o vazio dessa falsa religião torne-se evidente e para que os norte-coreanos busquem o Deus verdadeiro.
4. Organizações missionárias voltadas para a Coréia prosseguem em sua preparação. Louve a Deus pelo grande volume de recursos que está sendo disponibilizado para ajudar a Coréia do Norte. Ore para que as organizações missionárias encontrem formas de realizar seu trabalho nos dias de hoje. Ore também para que estas organizações estejam preparadas para agir conjuntamente quando as portas do país se abrir para o exterior.
5. Os cristãos coreanos sofrem com a falta de Bíblias. A maioria dos cristãos não possui sua própria Bíblia e muitos não têm sequer acesso a uma. Ore para que ministérios cristãos consigam suprir o país com Bíblias. A maioria das Bíblias tem que ser contrabandeada e equipes de entrega continuam sendo necessárias.
Dados gerais
Capital
Pyongyang
Governo
República socialista, chefiada por Kim Jong Il, desde 1994
População
23,3 milhões (61,7% urbana)
Área
120.538 km2
Localização
Leste da Ásia
Idioma
Coreano
Religião
Números não estimados. Há grupos budistas, confucionistas e cristãos. O Estado é ateu
População cristã
450 mil
Perseguição
Severa
Restrições
A conversão é passível de prisão e a evangelização é proibida. Líderes cristãos são freqüentemente detidos sob falsas acusações
1ª posição na Classificação de países por perseguição
Localizada na metade setentrional da Península da Coréia, no leste asiático, a Coréia do Norte é caracterizada por altas montanhas separadas por vales estreitos e profundos. Densas florestas cobrem cerca de dois terços do país.
A população coreana é de aproximadamente 23 milhões de pessoas. Uma parcela de 33% desse total possui idade inferior a 15 anos, enquanto mais de 60% dos habitantes vivem em áreas urbanas. A expectativa de vida é de 63 anos. Etnicamente, a população norte-coreana é constituída quase que totalmente por coreanos (99%). Há um pequeno número de chineses e japoneses. Tal situação - similar à realidade sul-coreana - permitiria que o evangelho se difundisse rapidamente no país, ainda que enfrentasse algumas barreiras culturais.
A história recente da Coréia do Norte tem sido bastante sofrida. A Coréia foi dividida em dois países logo após a II Guerra Mundial, como uma conseqüência da Guerra Fria. Antes disso, porém, o país foi ocupado pelo Japão por 35 anos, entre 1910 e 1945. Em junho de 1950, tropas norte-coreanas invadiram a Coréia do Sul em uma tentativa de unificar o regime comunista. O conflito armado durou três anos e culminou com a vitória sul-coreana, tendo causado sofrimentos significativos à região. A zona desmilitarizada entre os dois países continua sendo uma das áreas mais fortificadas e impenetráveis do mundo. A guerra quase irrompeu novamente no fim da década de 90, mas foi evitada graças a esforços diplomáticos. Não obstante, ainda há grande tensão entre as duas Coréias.
Atualmente, a Coréia do Norte é um Estado comunista controlado ditatorialmente por um homem - o presidente Kim Jong Il. A nação permanece fechada para o mundo exterior, porém as dificuldades econômicas e a fome crescente geraram alguma abertura, especialmente para ministérios de cunho social.
A economia norte-coreana é pobre e o trabalhador ganha em média apenas US$ 900 por ano. Mais da metade (64%) da força de trabalho atua na indústria e serviços. Quase 100% da população é alfabetizada e tem acesso à educação. Apesar de alguma modernização, a fome ainda é um problema social. Problemas sistemáticos, como a ausência de solo cultivável, a existência de fazendas coletivas e a falta de tratores e combustível, têm levado a Coréia do Norte a uma seqüência de períodos de escassez de alimento. As enchentes que ocorreram no verão de 2006, seguidas pelo tempo seco do outono, iniciaram o 13º ciclo de fome.
Há abertura para organizações humanitárias atuarem a fim de aliviar a fome da população. Mas, apesar disso, a população continua mal nutrida - 36% dela é subnutrida. Isso acontece parcialmente por causa da corrupta liderança das forças militares. Eles interceptam muitas cargas de alimento e desviam-na aos seus soldados. O próprio presidente Kim Jong Il disse, certa vez, que só precisa que 30% da população sobreviva.
Quase 70% da população não professa nenhuma religião. O restante segue crenças asiáticas como xamanismo, confucionismo ou budismo. A Coréia do Norte tem sido profundamente marcada por um "culto à personalidade" que elevou o falecido ditador King Il Sung à posição de deus. O governo utiliza severos controles para incutir essa ideologia sobre cada cidadão, que inclui o culto a Kim Il Sung e a seu filho Kim Jong Il, o atual presidente. Todas as religiões contrárias a esta ideologia são proibidas.
A Igreja
Menos de 2% da população é cristã, apesar de o cristianismo ter uma longa história na região. Antes da guerra, o país era palco de um reavivamento. A capital, Pyongyang, abrigava quase meio milhão de cristãos, constituindo na época cerca de 13% da população. Após a guerra, muitos cristãos fugiram em direção ao sul ou foram assassinados.
Atualmente, há três igrejas na cidade, mas elas são basicamente "igrejas de fachada", servindo à propaganda política. Quase todos os cristãos na Coréia do Norte pertencem a igrejas não registradas e clandestinas. O culto dos cristãos norte-coreanos modernos constitui de um encontro "casual" de dois ou três deles em algum lugar público. Lá eles oram discretamente e trocam algumas palavras de encorajamento.
A perseguição
A perseguição aos cristãos foi intensa durante o período de dominação japonesa, especialmente devido à pressão exercida pelos dominadores para a adoção do xintoísmo como religião nacional. Desde a instalação do regime comunista, a perseguição tem assumido várias formas. Em um primeiro momento, os cristãos que lutavam por liberdade política foram reprimidos. Depois, o governo tentou obter o apoio cristão ao regime, mas como não teve êxito em sua tentativa, acabou por iniciar um esforço sistemático para exterminar o cristianismo do país. Edifícios onde funcionavam igrejas foram confiscados e líderes cristãos receberam voz de prisão. Ao serem derrotados na Guerra da Coréia, soldados norte-coreanos em retirada freqüentemente massacravam cristãos com a finalidade de impedir sua libertação.
Ser cristão é perigoso na Coréia do Norte - por isso o país ocupa, pelo sexto ano consecutivo, a primeira posição na Classificação de países por perseguição. O Estado não hesita em torturar e matar qualquer um que possua uma Bíblia, esteja envolvido no ministério cristão, organize reuniões ilegais, ou até que tenha contato com cristãos (na China, por exemplo). Os cristãos que sobrevivem às torturas são enviados para os campos de concentração. Lá, as pessoas recebem diariamente alguns gramas de comida de má qualidade para sustentar o corpo que trabalha por 18 horas. A menos que aconteça um milagre, ninguém sai desses gigantes campos com vida.
Em setembro de 2007, a revista Newsweek destacou o drama dos cristãos norte-coreanos. Um desertor, Son Jong-nam, converteu-se quando fugiu para a China, onde conheceu um grupo de missionários cristãos. Após certo tempo, ele voltou ao seu país como missionário. Lá, foi detido e acusado de ser espião. Atualmente, ele está no corredor da morte em Pyongyang.
Son cresceu em boas circunstâncias por ser filho de um alto oficial. De acordo com a Newsweek, a esposa dele, grávida, perdeu o bebê depois de ter sido espancada durante um interrogatório na Coréia do Norte, por ter criticado o controle de alimentos de Kim Jong-Il.
Desde o final do século 19, cerca de cem mil norte-coreanos mantêm a fé cristã clandestinamente, segundo cálculos da Newsweek. Até mesmo Kim Il-Sung, o primeiro ditador da Coréia do Norte, falecido recentemente, veio de uma família cristã devota.
De acordo com missionários, os cristãos norte-coreanos mantêm suas Bíblias enterradas nos quintais, embrulhadas em plásticos. Alguns pastores na China oram por doentes e pregam através de interurbanos feitos por telefone celular, segundo a reportagem. Tudo isso num intervalo de tempo que vai de cinco a dez minutos. Os "cultos telefônicos" têm de ser rápidos, e muitas vezes são interrompidos bruscamente, porque a Coréia do Norte usa rastreadores para localizar os telefones.
Motivos de oração
1. Louve a Deus pelo crescimento da Igreja e pela capacidade dos cristãos norte-coreanos de divulgar o evangelho mesmo sob rígidas restrições. Ore para que novas oportunidades de evangelismo sejam descobertas.
2. A situação atual é terrível, mas Deus está usando esse sofrimento para o bem. Portas estão se abrindo para o evangelho à medida que o governo torna-se cada vez mais favorável a aceitar os ministérios cristãos de ação social e humanitária. Ore para que esta pequena abertura na esfera governamental possa expandir-se rapidamente.
3. O povo sofre com a obrigação de cultuar os líderes do país. Ore para que o vazio dessa falsa religião torne-se evidente e para que os norte-coreanos busquem o Deus verdadeiro.
4. Organizações missionárias voltadas para a Coréia prosseguem em sua preparação. Louve a Deus pelo grande volume de recursos que está sendo disponibilizado para ajudar a Coréia do Norte. Ore para que as organizações missionárias encontrem formas de realizar seu trabalho nos dias de hoje. Ore também para que estas organizações estejam preparadas para agir conjuntamente quando as portas do país se abrir para o exterior.
5. Os cristãos coreanos sofrem com a falta de Bíblias. A maioria dos cristãos não possui sua própria Bíblia e muitos não têm sequer acesso a uma. Ore para que ministérios cristãos consigam suprir o país com Bíblias. A maioria das Bíblias tem que ser contrabandeada e equipes de entrega continuam sendo necessárias.
Dados gerais
Capital
Pyongyang
Governo
República socialista, chefiada por Kim Jong Il, desde 1994
População
23,3 milhões (61,7% urbana)
Área
120.538 km2
Localização
Leste da Ásia
Idioma
Coreano
Religião
Números não estimados. Há grupos budistas, confucionistas e cristãos. O Estado é ateu
População cristã
450 mil
Perseguição
Severa
Restrições
A conversão é passível de prisão e a evangelização é proibida. Líderes cristãos são freqüentemente detidos sob falsas acusações
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